ENTRE O ESPELHO E O MUNDO
Colho teu gesto: uma sombra
consome a paz do teu rosto.
E vejo, sob protesto,
a face dura de agosto.
atormentando teu fado.
E sinto a dor dos venenos
grassando em teu ser pequeno
enquanto acuso-a, calado.
È dura a voz do destino:
tentaste negá-la, é certo.
Mas eis que se ergue a pino
o sol que morde os desertos.
Autor: Roberval Pereyr
Nenhum comentário:
Postar um comentário