Pages

sábado, 8 de março de 2014

MIRANTES


ENTRE O ESPELHO E O MUNDO


Colho teu gesto: uma sombra
consome a paz do teu rosto.
E vejo, sob protesto,
a face dura de agosto.

atormentando teu fado.
E sinto a dor dos venenos
grassando em teu ser pequeno
enquanto acuso-a, calado.

È dura a voz do destino:
tentaste negá-la, é certo.
Mas eis que se ergue a pino
o sol que morde os desertos.


Autor: Roberval Pereyr

Nenhum comentário:

Postar um comentário